Mulher morre após receber injeção de antibiótico em unidade de saúde do Conde
Uma mulher de 50 anos morreu após tomar uma injeção de penicilina benzatina, mais conhecida como Benzetacil, em um Pronto Atendimento (PA) no município de Conde, na região metropolitana de João Pessoa. Exames devem apontar as causas da morte de Patrícia de Lima Lopes, mas a suspeita é que ela tenha sido vítima de um choque anafilático.
Segundo a Secretaria de Saúde de Conde, a vítima deu entrada no serviço público de saúde na noite do dia 11 de agosto e possuía uma prescrição médica para administração de uma segunda dose de benzetacil por via intramuscular, destinada ao tratamento de um celulite infecciosa em um membro inferior.
A primeira dose da medicação havia sido administrada na paciente no dia 7 de agosto deste ano, sem intercorrências. A vítima era portadora de obesidade, diabetes, cardiopatia e hipertensão arterial.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, após a administração da segunda dose do antibiótico, a paciente foi orientada a permanecer no serviço para observação, conforme protocolo médico. O órgão afirmou que a paciente estava bem e sem sinais de desconforto respiratório.
Subitamente, a paciente teria apresentado um quadro de insuficiência respiratória aguda grave, sendo encaminhada para a sala vermelha, onde foram realizadas reanimação cardiopulmonar por mais de uma hora, sem sucesso. A vítima também foi submetida a uma intubação orotraqueal com vias aéreas prévias, sem sinais de angioedema.
Em entrevista o chefe do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal, Flávio Fabres, afirmou que o corpo da vítima foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito, na Universidade Federal da Paraíba, que identificou que a morte foi causada por um fator externo.
O corpo foi encaminhado para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal, no Instituto de Polícia Científica, para investigar as causas da morte.
O resultado dos exames que revelam a causa da morte devem estar disponíveis entre 30 e 40 dias.
A Secretaria de Saúde de Conde lamentou o ocorrido e se solidarizou com os familiares e amigos da paciente e afirmou se manter à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o atendimento. Também afirmou que estava aguardando o laudo necroscópico do Instituto Médico Legal para uma melhor elucidação do caso.