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Jovem de Serra Talhada trocou oficina mecânica por guerra na Ucrania

João Ferraz, de 28 anos, natural de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, deixou a oficina mecânica que mantinha no Brasil para integrar uma brigada estrangeira na linha de frente da guerra na Ucrânia.

Sem ter servido ao Exército Brasileiro, ele conta que o interesse surgiu acompanhando notícias e vídeos sobre o conflito desde o início, em 2022. Para se alistar, inscreveu-se em um site, passou por entrevistas, testes físicos e uma investigação social, até receber a carta-convite para viajar.

No Instagram, onde soma mais de 33 mil seguidores, João publica registros da rotina no front. Entre o barulho de tiros e explosões, João também grava os próprios movimentos. Em alguns vídeos, segura o fuzil com uma mão e o celular com a outra. A guerra, explica, não tem rotina: um dia pode significar algumas horas de descanso; no outro, chega uma ordem inesperada de partir para uma nova missão.

O contrato com o Exército Ucraniano é de três anos e só pode ser rompido legalmente após seis meses. Quem desiste antes precisa fugir para países vizinhos, como Polônia ou Moldávia, e procurar a embaixada brasileira. Deserção pode levar à prisão.

A remuneração varia conforme a região de atuação. Em áreas seguras, o salário gira em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil por mês; em zonas de maior risco, conhecidas como “linha zero”, pode chegar a R$ 30 mil.

Apesar do risco, João diz estar feliz com a escolha e cogita seguir carreira militar na Ucrânia após o contrato

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