Alerta

Superbactérias resistentes a antibióticos podem superar mortes por câncer no mundo, diz ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) faz um alerta: até 2050, infecções causadas por superbactérias podem provocar dez milhões de mortes por ano no mundo, superando o número de vítimas de câncer.

O avanço da resistência bacteriana está diretamente ligado ao uso inadequado de antibióticos ao longo das décadas, que reduziu a eficácia desses medicamentos e abriu caminho para microrganismos mais fortes.

No Brasil, por exemplo, antibióticos chegaram a ser vendidos sem receita médica, o que contribuiu para acelerar a resistência. A preocupação é global: em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou 12 famílias de bactérias resistentes que representam ameaça prioritária à saúde pública.

Ao mesmo tempo em que o cenário é alarmante, a ciência busca soluções. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, vêm utilizando inteligência artificial para acelerar o desenvolvimento de novos antibióticos. Os algoritmos já projetaram mais de 36 milhões de moléculas e identificaram compostos com potencial antimicrobiano em tempo recorde.

Antes, a criação de uma nova substância podia levar até dois anos; agora, os resultados aparecem em dias e já avançam para testes em laboratório e em animais. O objetivo é encontrar alternativas para combater bactérias que desafiam os tratamentos atuais, como as que causam gonorreia e pneumonia.

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