Pernambuco

Concessão dos serviços da Compesa ainda gera impasse entre os prefeitos

A concessão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário pela Compesa à iniciativa privada prevê um investimento de R$ 18,9 bilhões em 35 anos para garantir atendimento a todos os municípios de Pernambuco. Mas a questão vem gerando polêmica entre os prefeitos e isso foi demonstrado na primeira reunião promovida pela Amupe com os gestores empossados nas Prefeituras há 14 dias. O questionamento é que medidores de consumo serão instalados nas residências, a conta chegará, mas sem o fornecimento da água de imediato.

Representantes do Governo do Estado fizeram uma explanação sobre o assunto, destacando a importância da prestação do serviço e a necessidade da concessão. Estiveram presentes os secretários estaduais de Saneamento, Almir Cirilo, e de Projetos Estratégicos, Rodrigo Ribeiro. Apesar dos investimentos, a Compesa admite não ter condições de ampliar o serviço sem apoio da iniciativa privada.

Os prefeitos presentes na reunião reclamaram da falta de abastecimento, até mesmo em municípios onde há captação de água. Além do fornecimento reduzido, foi colocado o problema dos buracos abertos pela Compesa, que ou não são fechados ou o serviço é mal feito. Para que empresa concessionária possa realizar as obras nos municípios, os prefeitos têm que assinar o contrato de concessão.

Na apresentação feita a Amupe, o Marco Legal do Saneamento visa um modelo de concessão em 172 municípios que são atendidos pela Compesa e outros 12 atendidos pelas gestões municipais. A Região Metropolitana fica fora da concessão da distribuição e esgotamento sanitário porque já existe a parceria público-privada da Compesa.

A meta é garantir cobertura de 99% do abastecimento e 90% de esgoto até 2033. O Governador assegura que o trabalho será feito uniformemente, sem privilegiar setores considerados mais rentáveis. Ontem será tratado em audiências públicas com os prefeitos.

 

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