PF prende Braga Netto e afirma que o general agiu para obstruir investigações sobre tentativa de golpe de Estado
A Polícia Federal prendeu, no Rio de Janeiro, o general da reserva Walter Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro, e candidato a vice na chapa que perdeu as últimas eleições. Braga Netto é acusado de agir para atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
A Polícia Federal chegou às 6h ao prédio onde o general da reserva Braga Netto mora, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Uma operação discreta. O general saiu preso pela garagem, sem nenhum alarde.
Braga Netto foi levado para a sede da Polícia Federal, no Centro do Rio. Depois, os agentes o encaminharam à 1ª Divisão do Exército, onde está preso.
Na decisão, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes disse que a prisão do general Braga foi baseada em novos e importantes fatos. Moraes afirmou que, depois de conseguir novas provas, a Polícia Federal apontou que “Braga Netto atuou no sentido de obter informações relacionadas ao acordo de colaboração firmado com Mauro Cid” – o então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e que o depoimento prestado por Cid aos investigadores, no dia 21 de novembro, apresentou elementos que permitem caracterizar a existência de conduta dolosa de Braga Netto no sentido de impedir ou embaraçar as investigações em curso.